Poderia ter toda a coragem do mundo, mas ainda não olharia em seus olhos. Me parecia ser algo tão além da minha capacidade... me sentia vulnerável, como se o seu olhar lesse todos os meus mais profundos pensamentos, como se não tivesse controle sobre mim mesma. Pensamentos pessoais, tão reais para mim quanto o sol que se punha detrás das montanhas do leste toda tarde, meia hora antes de Hope chegar.
Meu coração poderia doer em relutância, mas ainda pertencia à mim, bem como todas as minhas decisões. E uma das que fiz era estritamente a respeito de seus olhos: jamais olharia diretamente para eles novamente. Me conhecia o suficiente para saber que, no momento em que olhasse, estaria condenada à vontade que no meu peito tanto ardia. E eu não podia ceder. Não novamente.
fragmento de "a arte de lutar contra ceder"
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